O prefeito e o menino
Postado em 30 Jun 2015 17 27 Textos Anteriores










Pouco conheço sobre o político Agnelo  
Alves, mas tenho pelo menos três motivos  
pessoais para ser grato a ele  


por JOMAR MORAIS


Não se pode contar a história de Natal, nos últimos 60 anos, sem a inclusão do nome de Agnelo Alves. Como político e jornalista, ele esteve presente em todas as etapas da transformação daquela cidadezinha dos anos 50 na metrópole regional em que vivemos hoje.

Não seria exagero dizer que, pelo seu jeito de ser, de falar e de agir – enfim, por sua identificação perfeita com a cidade -, Agnelo é uma daquelas figuras que tem a cara de Natal. 

Pouco conheço sobre o político Agnelo Alves, mas tenho pelo menos três motivos particularíssimos para reverenciá-lo.

Agnelo foi a primeira pessoa que entrevistei. Em janeiro de 1967, ele era o prefeito de Natal e eu um menino de 14 anos enrolado com uma missão bem maior que sua ingenuidade. Em um teste para acesso ao meu primeiro emprego, no jornal A Ordem, o secretário de Redação, Tarcísio Monte, desafiara-me com uma pauta que incluía conversas com o governador do Estado, Walfredo Gurgel, o reitor da UFRN, Onofre Lopes, e o prefeito da capital. 

Comecei por Agnelo, que tinha informação sobre o tema mais palpitante à época: a  destruição do mercado da Cidade Alta em um incêndio. Cheguei trêmulo ao seu gabinete. Para minha surpresa, o prefeito tratou-me como um profissional, não se irritou com minhas perguntas triviais e foi extremamente didático nas respostas. No final, Tarcísio Monte aprovou o meu trabalho e iniciei, com glória, meu doce vício no jornalismo.

E se Agnelo não tivesse colaborado, se lhe tivesse faltado o bom humor, a humildade e a solidariedade no trato com aquele menino atrevido? Talvez eu, desestimulado, tivesse desistido de seguir em frente.

Quatro anos depois eu o reencontraria na Tribuna do Norte, agora como editor e chefe de reportagem, em tempos bicudos para a família Alves, para o jornal e seus funcionários. Cassados pela ditadura militar, os Alves tinham dificuldade para tocar a empresa. Os salários atrasavam e era Agnelo, com suas histórias sobre a Tribuna da Imprensa e o jornalismo carioca, que me prendia àquela rotina árdua, rodando de ônibus pela cidade para garimpar notícias. Um dia me revoltei e não  voltei à Redação. Enviei a carteira profissional pelo então fotógrafo Anderson Lino e na manhã seguinte compareci para acertar as contas. Agnelo me chamou e me convenceu a continuar.

Teria eu chegado ao Jornal do Brasil, a O Estado de S. Paulo, à Folha de S. Paulo, à Veja, à Isto é... sem a paciência e a habilidade de Agnelo naquela manhã?

Pouco tempo depois fui para o então próspero Diário de Natal e minha carreira se acelerou.

Voltaria a reencontrar Agnelo em 1983, no Rio de Janeiro, e mais uma vez nos ajudamos. Ele foi uma das minhas fontes privilegiadas, passando-me informações dos bastidores da campanha de Tancredo Neves que me valeram furos e prestígio no JB e, depois, na Folha. Devo a ele a dica, que confirmei com o senador Marco Maciel e fontes militares, do encontro entre Tancredo e o ministro do Exército, o acordo que selou a transição democrática – um dos meus melhores momentos no jornalismo político.

Por tudo isso, e pelo que esqueci, gratidão imensa ao jornalista Agnelo Alves. Solidariedade ao caro Carlos Eduardo e seus familiares.

[ Publicado na edição do Novo Jornal de 23/06/15 ]

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Deeysi
19 Dec 2015 17 56
Una buena manera de incilnateonarizar nuestras rutas. Gracias Julia por tu compaf1eda el pasado domingo. Esperamos preparar re1pidamente una nueva salida y que tambie9n nos acompaf1es. Un fuerte abrazo. http://xvlfhaibrqi.com [url=http://phgeuof.com]phgeuof[/url] [link=http://pyiyqadxfo.com]pyiyqadxfo[/link]
Neli
19 Dec 2015 07 34
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Uelly
18 Dec 2015 07 35
Afto to les mmhnh elefanta (me thn kalh enoia panta)! Alla na sigeinris thn Lady Angy me tous Pet Shop Boys, pou to exeis dei grameno?? Pou ravontai oi kyrioi?? An kai twra pou ta vazw katw....mporei na exoun kai thn idia modistra, nai mallon thn idia exoun! Peran toutou dagwtw sto Rakitzh! http://rbqbetfby.com [url=http://opjhjm.com]opjhjm[/url] [link=http://flgzwjkvza.com]flgzwjkvza[/link]
Sang
17 Dec 2015 09 59
OFF - Jc1 VIU ESTA CORONEL ????Erundina deve ser a vice de Haddad na disputa pela Prefeitura em SP Por Fernando Gallo e Julia Duailibi, no Estade3o Online:O PSB ocfeereu o nome da ex-prefeita e deputada Luiza Erundina como vice na chapa encabee7ada pelo pre9-candidato do PT e0 Prefeitura de Se3o Paulo, Fernando Haddad. Segundo o Estado apurou, o PT acatou o nome da parlamentar para ingressar na campanha do ex-ministro da Educae7e3o e faz um esfore7o para fazer o anfancio na prf3xima sexta-feira. Erundina je1 foi sondada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, he1 13 dias e disse aceitar a misse3o, desde que houvesse consenso no PT e no PSB. Na expectativa de que ela aceite a indicae7e3o, o PT esperava uma conversa final dela com diree7e3o do PSB ainda hoje em Brasedlia. Antes de bater o martelo, o PSB corre para diminuir a resisteancia da ala paulista do partido e0 escolha. Isso porque Erundina ne3o e9 ligada ao grupo do presidente estadual do PSB, Me1rcio Frane7a, que trabalhou por uma aliane7a com os tucanos. Campos je1 havia colocado o nome da deputada nas primeiras conversas que manteve com o ex-presidente Luiz Ine1cio Lula da Silva para definir a aliane7a em Se3o Paulo em mae7o. Ele tambe9m sondou a parlamentar sobre a disposie7e3o de aceitar o convite durante encontro, no dia 1ba de junho, em Recife, quando foi lane7ada a Comisse3o da Verdade em Pernambuco. Na conversa, Erundina disse que sf3 toparia se a indicae7e3o fosse por consenso. Ela tambe9m pediu sigilo sobre o assunto, pois temia que o nome dela sofresse desgaste, se a indicae7e3o vazasse para a imprensa. ( )Esta dupla incompetente, aqui em SAMPA, nem a pe1u Juvenal!!!!!FORA PETRALHAS!Chris/SP
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