Desvios na caridade
Postado em 25 Mar 2015 18 54 Textos Anteriores













A burocratização da caridade, não  
raro, sufoca o amor que lhe dá sentido  
e desvia recursos das pessoas carentes  


por JOMAR MORAIS


A prática da caridade é um dos pilares doutrinários do Cristianismo e um traço cultural de nossa civilização cristã. 

No primeiro século de nossa era, com os discípulos que conviveram com Jesus ainda impregnados de seu carisma e de seu ideal compassivo, a caridade era um exercício inseparável da atividade-fim da Igreja. Convertidos ricos vendiam seus bens e o resultado era aplicado em favor dos que nada tinham, conforme a narrativa de Lucas no livro Atos dos Apóstolos.

Na periferia de Jerusalém, Pedro ergueu uma galpão para receber doentes, excluídos e necessitados de todo tipo, depois conhecido como a Casa do Caminho e os seus mantenedores como os “homens do Caminho”, numa época em que ainda não existia o adjetivo cristão. Ali se pregava o Evangelho, aplicava-se curativos, alimentava-se famintos e acalmava-se desesperados. 

Talvez a Casa do Caminho surpreendesse os que hoje associam espiritualidade a ambientes necessariamente assépticos, tranquilos e organizados. A julgar pelos registros, o local mais parecia um hospital público carente de nossos dias.

Esse tipo de prática solidária predominou nos ambientes religiosos, e mesmo em grupos comunitários laicos, até anos recentes. O médium Chico Xavier, por exemplo, simplesmente postava-se debaixo de uma árvore e distribuía pão e, às vezes, dinheiro aos pobres, enquanto os cobria com a paciência da escuta, palavras de esclarecimento e gestos de afeto.

Mas o mundo mudou, ficou complicado, e a prática da caridade, antes tão espontânea, virou uma atividade submetida a teorias, fórmulas e estruturas que nem sempre preservam a motivação amorosa que lhe dá sentido. 

De repente, aos olhos da maioria tornou-se infrutífero e desnecessário o trabalho dos pequenos grupos beneficentes e o exemplo solitário dos santos. A caridade passou a depender de estruturas gigantes e burocratizadas, sob o pretexto de que, num mundo de grandes escalas, só os grandes podem produzir resultados.

Não creio nisso.

Sei que carecemos de grandes estruturas para alcançar multidões, catalizando processos de mudança que se fazem urgentes. Mas isso não invalida o trabalho dos pequenos grupos e dos corações santificados, indispensáveis para manter acesa a chama do amor no dia a dia. A fraternidade e a paz dependem mais desse esforço, movido a sentimento desinteressado, do que das megaestruturas dependentes de verbas milionárias.

Voltando a Chico Xavier. Em sua ingenuidade caipira, ele costumava dizer que em casa que muito cresce o amor desaparece. 

Para mim, esta frase deveria ser colada à cabeceira da cama dos que gerem grandes obras caritativas, a fim de que redobrem sua atenção e zelo. Penso nela toda vez que leio noticias sobre desvios de verbas em instituções beneficentes e sobre o trabalho sujo a que se prestam as ONGs-laranjas, usadas por corruptos. Penso nela ao saber que, quando doamos 10 reais a um gigante da caridade, até 70% desse valor se perde em pagamentos de salários e custeio de suas máquinas colossais.

[ Publicado na edição do Novo Jornal de 24/03/15 ]

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Arnold
19 Dec 2015 07 34
Ana Maria me chamo marcia, estou aqui enivnado este email a pedido e insistencia de minha me3e, um sonho que ela tem; de na noite de Natal termos uma mesa farta de guloseimas denatal, como; comidas fartas, sobremesas, frutas, castanhas, nozes avele3s, tudo em fim que ela e nf3s assistimos na tv, e infelizmente nunca podemos ter, a ne3o ser um simples chester, arroz de forno maionese as vezes um pudim etc, minha me3e tem 83 anos e ela assiste o seu programa ainda mais nessa e9poca que he1 muitas receitas deliciosas e caras pra nf3s que ne3o temos pra comprar, eu trabalho, ganho pouco, meu pai tem 87 anos e9 aposentado da CSN (Companhia Siderfargica Nacional) de Volta Redonda e moramos aqui em Resende, pagamos aluguel eu ajudo no que posso, Ana Maria realize com surpresa e carinho esse sonho de minha me3e. de termos neste NATAL essas iguarias que sf3 por tv que enche nossa boca de agua. por favor que DEUS coloque esse email em seu alcane7e e que eu seja avisada que isso e9 verdade que minha me3e tere1 esse sonho realizado. fique com DEUS voce e sua equipe beijinhos no louro jose9. adimire1velmente Marcia meu tel 24 98469441 do meu pai 24 99581737 e tem outro 24 98119332 o nome de minha me3e e9 Alzira Goulart Costa e do meu pai e9 Jose Costa.
Susmitha
18 Dec 2015 07 35
Caredssima irme3, Ana Maria Braga, sim pois todos somos irme3os em Cristo que e9 o nosso Senhor e Salvador e foi Ele o response1vel pela sua cura. Acompanhei sua luta e vendo-a vitrosiosa, sf3 posso dar grae7as a Deus. Querida, estou sempre ligada no seu programa e gostaria imensamente de mostrar um pouco de tudo o quanto Deus me capacitou na arte da culine1ria, e9 que nunca frequentei nenhuma aula e no entanto, com toda humildade, sou uma das melhores nesta arte. No ano passado fiz parte do xou da xuxa, mas sf3 atrave9s da telinha e sonho conhecea-la pessoalmente e agora fui destaque neste dia 24/06/2011, no globo reporter com a maravilhosa Beatriz Castro. Ganhei por duas vezes, o concurso gastronf4mico de Campo Maior/Pi(SABOR MAIOR), com as iguarias feitas com nosso produto patre3o que e9 a carne de sol(O primeiro foi a torta da xuxa: feita com carne de sol, creme de palmito, queijo frescal, cebolinha, azeitona preta, requeije3o e uma massa feita com yorgurte e manteiga) e a outra:(foi o muffin la mama, feito com a carne de sol, queijo parmese3o, championg, catupiry e uma massa de batata com parmese3o Espero do fundo corae7e3o e mais ainda com a fore7a de Deus, que vocea seja solicita ao meu pedido e me coknceda esta oportunidade de mostrar meu trabalho e contar minha historia que desde o nascimento experimenta muitas provae7f5es. Que o Deus da vida te abene7f5e sempre. Enerina Xuxa http://lsfpup.com [url=http://cyfcbnmufpw.com]cyfcbnmufpw[/url] [link=http://vroalm.com]vroalm[/link]
Ali
17 Dec 2015 09 51
Boa Noite, acabei de asssitir reportagem de bebe prematuro, e gostaria de esclarecer que eu sou uma criane7a prematura, nascida em 24/01/1949, no subfarbio da Penha, RJ, no hospital Getfalio Vargas de uma gestae7e3o de 6 meses e meio, pesando apenas 900gr, e depois de algumas horas na encubadora, a mesma apresentou defeito, e fui colocada, numa caixa de sapato, forrada com algode3o, e com botijas de soro com e1gua morna, pois as botijas daquela e9poca eram de vidro, para manter o calor que eu precisava para sobreviver. Dizem meus parentes, que pela madrugada, algue9m pegou a caixa, foi nos fundos do hospital e me jogou na lixeira , ficando eu naquela caixa fechada, no sereno, e sendo contaminada por todo tipo de doene7as , com restos de podride3o e todo tipo de insetos, que a noite por le1 andavam. Pela manhe3, quando mudou o plante3o, a enfermeira que ficou encarregada dos prematuros, sentiu a minha falta, pois ali estava a minha ficha, mais ningue9m sabia onde eu estava. O alarme foi dado no hospital, e nada acharam, eu continuava no lixo. Le1 pelas tantas da manhe3, a enfermeira, citada como de costume, resolveu sair tomar um cafezinho, e fumar um cigarro,saiu pelos fundos do hospital, e quando voltou REPAROU naquela caixa de sapato que estava na lixeira ,l abriu a caixa, e se deparou com o feto, que era eu, prontamente me pegou pelos pe9s, e me tascou uma bela palmada e eu chorei, e foi quando ela constatou que eu estava VIVA. He1 63 anos atre1s. Ate9 os 7 anos de idade tive todas as doene7as que vc pode imaginar. Meu pai, motorista de caminhe3o, foi obrigado a vender o carro, quando terminou de pagar a faltima prestae7e3o, para pagar as consultas do me9dico, DR. Gentil de Andrade. Agradee7o o desabafo, pois reconhee7o que muito sofrimento ficou gravado na minha alma, e isso se reflete, ate9 hoje na minha vida. Meu paizinho era Delfim Pereira de Abreu Filho, e minha me3e, Ade9lia Rodrigues de Abreu. Agradee7o , por poder partilhar essa estf3ria com vc. e obrigada,pelo espae7o que pude utilizar .
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