Sentimento, emoção, ação
Postado em 01 Oct 2015 23 01 Textos Anteriores












A atenção plena é a chave para manter  
o controle sobre nossos sentimentos,  
raíz de nossas decisões e atitudes  



por JOMAR MORAIS


Em nossas relações com o ambiente e com o próprio corpo, é o sentimento, e não a razão, que se move primeiro, influenciando ou determinando a nossa resposta. Nossos registros de prazer ou dor precedem a formação do pensamento sobre algo e tendem a direcionar nossas reações. Quando os sentimentos se agitam, temos então as emoções, o furacão energético ao qual, na maioria das vezes, sucumbimos, passando a expressar atitudes de apego ou aversão.

A verdade é que todos os nossos movimentos e decisões são impulsionados por sentimentos. Eles são o ponto de partida para o céu ou inferno em que tansformamos nossas vidas.

Emoções produzem intenções com a rapidez do relâmpago e entre a intenção e o início do processo de ação (o exercício da vontade), segundo estudo do neurocirurgião Benjamin Libet nos anos 1980, não se passa mais que um quarto de segundo. Cabe perguntar: diante de tal celeridade, temos alguma chance de não sermos subjugados pelo impulso e exercermos algum arbítrio? Benjamin acha que sim.

Penso que o ponto crucial, aqui, é: como aproveitar essa microjanela de tempo para respondermos ao impulso e não ao fator ambiental que o deflagrou, em decorrência de automatismos do corpo e da mente. E, neste caso, a fórmula eficaz não emerge da neurociência, mas das técnicas de atenção plena desenvolvidas pelas tradições ancestrais – isto é, as técnicas de meditação.

A observação, e não a repressão do sentimento, é a saída. Emoções e pensamentos ganham força quando nos identificamos com eles e perdem sustentação quando, observados, são analisados e operados como processos num contexto de causa e efeito.

Isto vale para as situações em que agentes externos provocam respostas do corpo e, sobretudo, quando, mesmo saciados e estabilizados, somos assaltados por um sentimento de que nos falta alguma coisa.

No livro “Felicidade Genuína”, o físico e ex-monge budista Allan Wallace, afirma que “uma insatisfação ou  depressão sem uma causa externa clara” pode ser “um sintoma ou uma mensagem vindo de um nível mais profundo do que a sobrevivência biológica”. Abordar essa situação com antidepressivos seria dizer a esses sentimentos: “Calem-se. Eu quero fingir que vocês não existem”. Mas os sentimentos emergem por uma razão e só a compreensão de sua natureza e de seus efeitos nos levarão à solução efetiva do problema.

Wallace nos lembra que os sentimentos são “a base comum da obsessão, inveja, raiva, ódio, conflito e rivalidade”. Desconhecê-los  é nos tornarmos prisioneiros desses estados autodestrutivos, com reflexos na vida de muitos. Mas o reverso da moeda é uma notícia alvissareira: são também os sentimentos a base do altruísmo, da compaixão e da bondade amorosa, os quais ancoram uma vida saudável.

Por tudo isso, por tanta influência em nosso cotidiano, seria prudente descer às profundezas de nossos sentimentos. E não há melhor meio para isso do que a prática da atenção plena.

[ Publicado na edição do Novo Jornal de 29/09/15 ]


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Jaxon
13 May 2016 15 24
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Kamron
11 May 2016 22 06
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